domingo, 22 de julho de 2007

A burocratização do PT de São Paulo


O PT paulista sofre de uma crônica burocratização, que teve início nos anos 90. Em meados dos anos 80 já era perceptível esta tendência, mas a direção estadual comandada por Silvinho Pereira, José Américo e Cândido Vacarezza estabeleceu um padrão raquítico de debate interno e um controle stalinista de gerenciamento do partido, principalmente no interior paulista. José Dirceu mantinha forte controle político neste período. Lembro da convenção estadual de 86, onde a Secretaria de Organização, avançou sobre as correntes internas, principalmente a então Convergência Socialista e o PRC (então, dirigida por José Genoino). O que não se divulgava é que José Dirceu tinha acabado de definir um acordo com a organização (também paralela, até então) Liberdade e Luta, a Libelu. Deu cargos na executiva em troca da submissão completa da Libelu. A partir dalí, vários nomes de destaque da Libelu passaram ao primeiro escalão da burocracia partidária. Um se tornou ministro e outros são, hoje, assessores especiais da Presidência ou de ministérios. Muito a ser pesquisado.

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