sábado, 10 de maio de 2008

Educação: avaliação sistêmica?


Debati, hoje, com a ex-coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de Betim, Neiva Toneli. Uma das polêmicas foi a pertinência das avaliações sistêmicas quantitativas, como SAEB (nacional) e SIMAVE (mineira) para definir a qualidade do ensino. Sou contrário às avaliações classificatórias, como as duas que cito acima, justamente porque aprendizagem é processo e não resultado. Pelo contrário: uma pessoa que acerta uma questão pode ter copiado a resposta. Mas quem erra, está sendo sempre sincero. Ainda mais: saber que alguém não lê um texto simples não indica os motivos deste problema ao professor (se é problema motor, social, de hábito cultural, de estímulo, metodologia ou didática). As avaliações quantitativas e classificatórias desqualificam o professor e abrem espaço para fortalecimento dos sistemas de controle externo, com muita gente ganhando para aplicar "formulários" de última hora, sem qualquer relação com o cotidiano do aluno. Até mesmo o governo federal embarcou nesta falácia. Alguém deve estar ganhando muito com esta "unanimidade".

Nenhum comentário: