domingo, 29 de junho de 2008

A polêmica sobre a redução da pobreza no Brasil


O estudo intitulado “Miséria, Desigualdade e Estabilidade: O Segundo Real” (2005), coordenado pelo economista Marcelo Neri, menciona a expansão do Bolsa Família como uma das causas da queda acentuada no nível de pobreza. Houve redução na pobreza extrema, classificação utilizada para dimensionar a população que vive com até R$ 60 per capita ao mês. Em 2005, o índice registrado foi de 5,32%, contra 11,73% em 1992. Acontece que uma recém divulgada pesquisa do IBASE, indica que 55% dos usuários do Bolsa Família ainda sofrem algum tipo de restrição alimentar e que a dieta das famílias tem alimentos de maior densidade calórica e menor valor nutritivo, o que preocupa os especialistas. Segundo o estudo "Repercussões do Programa Bolsa Família na Segurança Alimentar e Nutricional das Famílias Beneficiadas", 21% dos beneficiários (2,3 milhões de famílias ou 11,5 milhões de pessoas) estão em situação de insegurança alimentar grave. Outros 34% (3,8 milhões de famílias, perfazendo 18,9 milhões de pessoas) estão em situação moderada.

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