terça-feira, 5 de agosto de 2008

Bolívia em chamas


Faltam cinco dias para o referendo convocado por Evo Morales e a tensão social e política é crescente. Evo Morales acusou, hoje, um plano de prefeitos e diretor da Central Obrera Departamental de Oruro (COD), Jaime Solares, para impedir o referendo revocatório de 10 de agosto. Hoje ocorreu um enfrentamento entre polícia e trabalhadores em Caihuasi, rododovia Cochabamba - La Paz (ao sul de La Paz), deixando como saldo dois trabalhadores mortos e trinta feridos. A central operário se mobiliza contra a nova Lei de Pensões, que está no Congresso Nacional para apreciação. O conflito começou na manhã desta terça-feira, quando os trabalhadores da mina de estanho de Huanuni, a maior da Bolívia, instalavam barricadas nas estradas perto de Oruro para pedir um aumento de suas aposentadorias.O ministro Alfredo Rada afirmou que a polícia não usou armas de fogo em Caihuasi, mas a autópsia em um dos mortos, Hernán Claros (26 anos de idade) constatou que a causa foi uma bala. A Central Operária da Bolívia (COB), que dirige atualmente greves de mineiros e de professores contra o governo de esquerda do presidente Evo Morales, protestou energicamente. "Este governo está reagindo ao estilo das ditaduras fascistas, e o único responsável é Evo Morales", declarou o dirigente da COB, Felipe Machaca, à rádio católica Fides. "Seus ministros são incompetentes, sobretudo o ministro do Interior, Alfredo Rada, que mobiliza policiais para nos massacrar", acusou.

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