sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Fiasco nas Olimpíadas?


Não é uma relação direta entre desenvolvimento e resultados olímpicos. Basta olharmos o quadro de medalhas. Encontramos na 77a posição Venezuela e Israel, com uma medalha de bronze. Mas fica estranho, obviamente, o Brasil (7a economia do mundo, segundo o Banco Mundial) aparecer em 26o lugar, com duas medalhas de ouro. Em Atenas foram cinco ouros, duas pratas (já temos 3) e três bronzes (já temos 7), que nos levaram ao 16º lugar no quadro. Disputamos, até o final, uma posição com o Canadá (que se encontra, no momento, num coerente 17o lugar). Algumas equipes técnicas já começam a balançar a partir dos resultados alcançados até aqui. Este é o caso de Dunga, o mais evidente. Mas também é o caso do técnico Oleg Ostapenko, um dos grandes responsáveis pelo crescimento da ginástica artística no Brasil. Ele chegou em 2001 para a montagem da seleção permanente e, sob seu comando, o país conseguiu seus melhores resultados no esporte (o título mundial de Daiane dos Santos no solo em 2003 e o quinto lugar por equipes em 2007). Já é certa sua demissão e desmonte da atual equipe de ginástica. Antes mesmo de começar a Olimpíada, já descartava qualquer medalha olímpica em Pequim. Descartou Jade Barbosa (que se abalou com o assédio da imprensa em Pequim, mas talvez já estivesse abalada com as previsões de seu técnico). O ucraniano afirmou que a ginasta não estava em condições de competir com as rivais norte-americanas e chinesas. Oleg também descartou as possibilidades de Daiane dos Santos no solo. "Em 2004 ela vinha de um título mundial, estava no auge e tinha uma chance. Hoje a realidade é outra, está mais velha. Ela vai ajudar a somar pontos para a equipe. Não mais do que isso", afirmou. Enfim, restam algumas medalhas, mas o balanço parece que já faz vítimas.
De qualquer maneira, vale o alívio com o ouro redentor de Maurren (na foto). Fantástico! Uma vitória no estilo brasileiro.

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