quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Alunos analfabetos do RJ: gueto ou enturmação?


A secretária de educação do RJ, Cláudia Costin, decidiu separar os alunos analfabetos em turmas específicas. Não se trata de enturmação paralela (onde os alunos continuam com sua turma de referência em todas disciplinas) mas a tradicional enturmação homogênea. O trabalho especial será desenvolvido em oito meses e, após nova avaliação, os alunos podem retornar às suas turmas de origem. É a aula de reforço com mais tempo. Nada significativo. Vygotsky, nos anos 30 do século passado, já havia demonstrado que turmas homogêneas são menos produtivas, porque geram estímulos mútuos similares (ao contrário das turmas heterogêneas que geram múltiplos e diferentes estímulos entre os alunos). Não fazemos isto com nossos filhos em casa, mas os "gestores educacionais" inventam esta forma de enturmação, porque exige menos administrativamente. Que os alunos cariocas tenham sorte (alguma, já que o erro é certo, embora é possível que dê algum resultado em função do pouco tempo apartados). O que chama a atenção é que o Instituto Ayrton Senna está envolvido nesta aventura. Deveriam estudar mais.

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