quinta-feira, 21 de maio de 2009

Wilson Simonal


Fui assistir a "Ninguém Sabe o Duro que Dei", documentário sobre Wilson Simonal. Estou até agora confuso. Acho que esta é a palavra. Pelos depoimentos, Simonal foi ingênuo, arrogante, até mesmo irresponsável. A história é conhecida: gastava além do que ganhava e achou que o contador dele estava roubando. Para resolver a história, chamou duas pessoas que levaram o contador para o DOPS e o torturaram ao longo da noite. A polícia civil foi chamada pela esposa do contador e foi aberto inquérito. Tentando se safar, Simonal disse que ele era colaborador da ditadura e que o contador era terrorista. Daí ter sido levado para o DOPS. Daí por diante, Simonal é julgado e sentenciado e cai num profundo ostracismo. O sofrimento dele perdurou até a morte. Chegou a conseguir um documento do governo federal, depois da abertura, que afirmava que ele nunca colaborou com o já extinto SNI. Mergulhou no alcoolismo. O filme reproduz filmagens caseiras de shows decadentes em que ele participou já no final da vida. Declarações em programas de TV de segunda linhagem tentando comprovar que nunca denunciou ninguém. Acabou morrendo de cirrose em 2000.
O filme mostra cenas impressionantes, em que ele mobilizava um público de mais de 30 mil pessoas. Um fenômeno artístico.

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