sexta-feira, 19 de junho de 2009

Dilma e Ciro Gomes?


Foi um gesto de cordialidade. Afinal, Dilma estava em Fortaleza. Mas o que estaria no "não dito" quando afirmou que gostaria de ter Ciro Gomes como vice numa possível chapa à Presidência da Republica?
Primeiro: o óbvio. Em pesquisa encomendada em maio pela direção do PT, Ciro aparecia muito próximo de Dilma. Sem Aécio, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), aparece em primeiro no segundo cenário, com 36%; seguido por Dilma, com 19%; Ciro, com 17%; e Heloísa Helena, com 8%. Os brancos e nulos somam 19%. A soma de Dilma e Ciro empataria, justamente, com Serra.
Segundo: mas aí acaba o óbvio. Na mesma pesquisa, constatou-se que apresentava-se um segundo cenário, com Serra, Dilma, Ciro e Heloísa Helena. Neste caso, Serra vence com 36% dos votos. Num terceiro cenário, com apenas Serra e Dilma, o tucano vence com 48% dos votos. Conclusão dos cardeais petistas: é preciso existir duas candidaturas do bloco governista ou Serra ganha no primeiro turno.
Enfim, além da cordialidade, a intenção seria sinalizar uma chapa sul-nordeste, liberando o PMDB? Significaria um acordo de bastidor com o bloquinho (ou parte dele)? Um mero factóide para continuar exposta na mídia?

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