quarta-feira, 3 de junho de 2009

Política Mineira: um trem que já passou


No blog de Renato Pereira, que você pode acessar aqui, comenta-se as possibilidades de Aécio e o acordo com Itamar. Vou reproduzir algumas passagens e comento em seguida:

"De acordo com a notícia da Agência Brasil, o governador mineiro, Aécio Neves, reconheceu hoje, (03/06), em entrevista ao programa "3 a 1", da TV Brasil, que vai ao na noite desta quarta-feira, que as chances de o governador de São Paulo, José Serra, ser o candidato do partido às eleições presidenciais do próximo ano são maiores do que a candidatura dele próprio."

"Para este blogueiro Itamar é peça chave nas pretensões do governador Aécio Neves para a Presidência do Brasil. E sua filiação ao PPS é estratégica. Explico.Itamar é um notório apoiador da candidatura de Aécio ao Planalto. O PPS estará ao lado do PSDB nas eleições de 2010. Portanto, a filiação de Itamar ao PPS será mais um ponto positivo para o governador mineiro, pois ganhará um aliado de grande peso político em outra legenda. E isso faz diferença.Então quer dizer que com o apoio de Itamar, Aécio vencerá as prévias? Não. Claro que o apoio de Itamar, se filiado ao PPS, fortalecerá a candidatura de Aécio, mas não quer dizer garantia de vitória.Na verdade, nacionalmente, com algumas exceções regionais, poucos acreditam na vitória de Aécio sobre Serra nas prévias do PSDB. Mas o tucano mineiro pode surpreender, em política tudo pode acontecer."

Meus comentários:
1) Aécio Neves já perdeu o bonde da candidatura à Presidência da República. Tudo pode ocorrer em política, mas a tendência é clara. Mesmo porque, o impacto da crise econômica sobre o PIB e orçamento mineiros é muito maior que em São Paulo;

2) O PPS há muito perdeu poder de fogo. Se uniu de tal maneira ao PSDB que perdeu completamente sua visibilidade/identidade. Em marketing, o nome é "falta de posicionamento", ou seja, não consegue se diferenciar dos outros. Lamento esta situação, para ser sincero. Mas não vejo nenhum futuro no PPS, se continuar se mantendo como sigla auxiliar;

3) Itamar Franco não existe mais na política nacional. Nem mesmo na política mineira. Talvez tenha força em Juiz de Fora. E fica por aí. Um apoio inócuo, que faz marola na grande imprensa no dia do anúncio e que depois some durante o jogo. Mesmo porque, os mineiros se envergonharam com o destempero de Itamar quando governador. Itamar é pouco mineiro, digamos. Como pode somar? Acredito que seja mais uma demonstração de desespero dos apoiadores de Aécio (e de Itamar) que uma força real qeu se soma a um projeto nacional.

2 comentários:

Alexandre Sobral R. Horta disse...

Já falaram até na dobradinha José Serra para presidente e Aécio para ser vice!
Imaginem só...

Rudá Ricci disse...

E parece que a tal dobradinha foi discutida. Mesmo. O que não quer dizer que, na verdade, a discussão não seja apenas uma casca de banana no "adversário-companheiro".
Rudá