sábado, 11 de julho de 2009

A queda de Lina Vieira


Lamento a queda da secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Ela já vinha sofrendo forte oposição. Alguns membros do governo federal criticavam sua gestão em função da queda de arrecadação. Com a multa à Petrobrás, a gota d'água que faltava entornou o pote de Guido Mantega. O Ministro da Fazenda, aliás, vem acumulando vitórias contra alvos políticos que poderiam fazer alguma sombra. Além de Lina, Palocci sofreu na pele a, digamos, ação defensiva do ministro.
Seus colegas da Receita Federal estavam empolgados com sua nomeação. A receita, aliás, está sendo gerida por um novo perfil de superintendentes estaduais. A ESAF também se alinhou à uma política socialmente mais definida. Estava sendo um avanço, do ponto de vista das organizações da sociedade civil.

Um comentário:

Uma voz parada no ar disse...

Agora com a correção dos números do PIB divulgados pelo IBGE fica claro que a saída de Lina nada teve a ver com os argumentos expendidos por aqueles que atribuiam a queda da arrecadação à sua gestão. Dos 11 meses à frente da Receita, iniciados em agosto de 2008, nada menos que 10 foram experimentados dentro da crise, iniciada no dia 15 de setembro com a quebra do segundo maior banco de investimentos dos EUA, o Lehmann Brothers. Sem dúvida Lina caiu pelos méritos e integridade de quem não se deixou dominar nem vergar às conveniências de turno.