quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ainda sobre a entrevista de Fernando Pimentel na Folha

De um arguto analista político de BH:
"Ele não fala como candidato a governador. Fala como futuro ministro. Ele respondeu aos ataques da Veja e do Estadão à candidatura Dilma. Não se preocupou com Minas. A conclusão é que ele abandonou a disputa, ainda que fique para negociar e sair no final. Deixará para o Patrus ou tentará a montagem de um palanque único. O fato é que, a julgar pela entrevista, ele não será candidato a governador."

2 comentários:

Aquim Mendonça disse...

A leitura que faço da entrevista de Pimentel à Folha de São Paulo é que ele, como homem chave para fazer crescer a candidatura da Ministra Dilma,não deveria mesmo cometer o erro, de egoisticamente, aproveitar aquele momento para promover a si mesmo como candidato ao Governo de Minas. É claro que ele é candidatíssimo ao governo do Estado de Minas e, está trabalhando para que isso aconteça com sucesso. Todavia, sua postura ética, como já é do conhecimento púplico,o fez conduzir as respostas visando que todos vejam que Dilma é a candidata ideal à pridência da República. Que tal uma entrtevista focando a sua candidatura ao governo de Minas? Ai então, todos terão certeza de que nossa leitura está correta.

Rudá Ricci disse...

Não concordo com sua análise. Você parece não saber ler os sinais políticos. Como sou de uma família de políticos e fui dirigente do PT por anos, gostaria de socializar com você. Há formas de se falar e emitir sinais. Ele não precisa responder dizendo que é candidato, mas poderia ter falado em nome de Minas. Por exemplo: "em Minas há um consenso...". Mas ele nem de longe fez esta sinalização. E Pimentel pode ser tudo, mas não é inexperiente. Ou você acha que apenas este observador percebeu isto?
Minha aposta é que a candidatura de José Alencar está acertada. E que Pimentel será ministro, talvez retornando à prefeitura mais à frente ou tentando a candidatura a governador depois. Como ministro de Dilma, será algo como foi José Dirceu no primeiro mandato de Lula (perceba que estou projetando a vitória de Dilma em outubro, sem esconder minha opinião).
A questão, agora, é onde ficará Hélio Costa, se o acordo interno do PT inclui Patrus no Senado.