domingo, 14 de março de 2010

A crise da educação brasileira


Dados do Censo Escolar obtidos pelo iG com exclusividade mostram que 1,4 milhão de crianças e adolescentes largaram o ensino fundamental em 2008. Eles representam 4,4% dos 32 milhões de estudantes matriculados nessa etapa da educação básica naquele ano. O índice é o menor da década. Em 2000, 12% dos estudantes matriculados no ensino fundamental abandonaram os estudos. O maior gargalo está no 6° ano: 287.760 alunos abandonaram os estudos nessa série, o que representa 6,8% dos 4.231.765 matriculados na etapa. É justamente o período de transição entre os anos iniciais e os finais do ensino fundamental. Para os especialistas, essa é uma fase de inúmeras mudanças na vida da criança, que nem sempre é superada sem traumas.
A organização educacional dos anos iniciais é muito diferente da dos anos finais. Mais disciplinas, mais professores, mais exigência e menos afeto. Esse é o cenário que os estudantes precisam encarar.
Nós, educadores, alertamos para este grave problema e do erro grosseiro de se pensar na fragmentação em disciplinas. O melhor sistema é o que integra áreas de conhecimentos, com relação mais próxima professor-aluno. A educação infantil é muito superior ao ensino médio do ponto de vista pedagógico. Até estudos da neurologia comprovam isto. E há quem ainda insista no sistema de seriação, com forte fragmentação entre disciplinas.

Um comentário:

Unknown disse...

Neste caso, você acha que é melhor continuar com um ou dois professores também depois do 6º ano? Ou será melhor já iniciar com a fragmentação desde o início?
A maioria das vezes, quando uma criança não se dá bem com o seu professor, ele não assiste bem às aulas. Se isso ocorrer desde o início, se um professor ensinar mais de uma matéria, como ficará?