quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mulheres na Política


Leio a matéria publicada no Estadão/The Guardian informando que houve estagnação da representação feminina no parlamento inglês (aumento de 2,5% das cadeiras). Agora, as mulheres representam 22% dos parlamentares. Fiquei pensando nos 30% de candidatas mulheres que os partidos deverão registrar neste ano, aqui no Brasil. Nosso modelo, de obrigatoriedade, é similar ao da Índia e Paquistão. A vitória dos conservadores teria vindo numa onda mais tradicionalista e masculina daquele país? O que gera tal disparidade de representação de gênero nos parlamentos?
Alguns analisam que se trata de espaços pouco afetos ao perfil feminino, incluindo direitos como licença-maternidade. Fico pensando, com meus botões, se não haveria algum elemento da lógica cultural e social feminina. Sempre ouvi que os homens abrem as portas da casa para os filhos. Uma maneira masculina de dizer que as mulheres geram a coesão e segurança interna, da família, e os homens vivenciam efetivamente os espaços públicos. Espaços de intimidade e segurança X espaços públicos e de risco. Seria isto? O parlamento, neste sentido, seria um espaço tipicamente masculino, porque apartado da vida privada e focado no embate e risco?
Não estou pregando que as mulheres não nasceram para o espaço e representação pública, mas procurando avaliar se não haveria a possibilidade de pensarmos em organizações sociais mais culturalmente organizadas a partir da lógica feminina.

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