sábado, 12 de junho de 2010

O mês junino começa pesado


Hoje começa o mês de junho para a política. Também é possível dizer que o primeiro semestre, para a política brasileira, termina nesta semana.
As convenções partidárias definem, agora, os principais candidatos. Nem todos com chapa montada - como o PSDB - ou com palanques tranquilos - como o PT. Mas tudo, neste país da fantasia, já estará oficializado (como se alguém não soubesse quem já está em campanha!).
Mas também porque o discurso do momento parece centrado - ao menos para a grande imprensa - nos famosos dossiês e possível caixa 2. O que chama a atenção é a imprecisão das acusações. Se a última denúncia da Folha de SPaulo, divulgada hoje, for verdadeira (e não notícia plantada), trata-se de algo gravíssimo porque estaríamos mergulhados no uso partidário da máquina estatal. Sigilo da Receita Federal é sagrado para a cidadania. E a Folha afirma que a quebra foi feita pela "equipe de inteligência da pré-campanha de Dilma Rousseff". Não se trata de uma pequena acusação. É algo tão ou mais grave que aquela feita contra o então presidente da CEF, Jorge Mattoso.
O mais intrigante é que vários jornalistas noticiavam, na noite anterior, que o dossiê que teria sido armado pelo PT não passava de um blefe, de acusação infundada. A revista Carta Capital chegou a publicar um artigo sobre este tema.
As informações e denúncias se multiplicam e fiamos com a sensação que cidadão, nesta terra, não tem por onde se assegurar e ter voz. Somos joguetes, surpreendidos diariamente por denúncias graves que se desmancham no ar e logo são substituídas por novas denúncias, muito mais graves que as anteriores.

Um comentário:

Rodrigo Machado disse...

apesar que até a pouco tempo atrás, todas as declarações de IR do país eram vendidas em DVDs por camelôs em São Paulo.