sexta-feira, 23 de julho de 2010

Minha entrevista sobre queda de eleitores com menos de 16 anos


Fiz uma breve análise sobre a queda do número de eleitores entre 16 e 18 anos (voto facultativo). São apenas 20% do total de 9 milhões possíveis. Veja AQUI

2 comentários:

Guilherme Alberto Rodrigues disse...

Rudá, mas não há um contingente menor de jovens com essa idade na população como um todo? Não caiu o número absoluto de jovens com essa idade de 2006 e 2010?
De qualquer forma, se tiverem sido mantidos números similares, a diferença observada e explorada na reportagem é insignificante (apenas 3 mil casos, ou cerca de 1,5% a menos em relação a 2010).

Quanto à desmobilização ... eu faria apenas um comentário: as corrupções que tem sido noticiadas nos últimos 4 ou 8 anos são novidades? Ou só agora os jovens começaram a perceber isso?

Enfim, pelo que vi, não enxergo nada de anormal ou diferente quanto ao que prevalece no Brasil já algum tempo.

Rudá Ricci disse...

Guilherme,
Vou reproduzir os dados divulgados pelo Cesar Maia, a partir do TSE:

1. O TSE divulgou os dados do eleitorado brasileiro por faixa de idade. Mostrou que o eleitorado de 16 e 17 anos sofreu nova redução. Em 2002 eram 2,21 milhões, em 2004 eram 3,65 milhões, em 2006 eram 2,56 milhões com enorme queda, e em 2008 eram 2,92 milhões.
Agora, para a eleição de 2010, são 2,39 milhões de eleitores entre 16 e 17 anos.

2. Nessas duas faixas de idade são 9 milhões de jovens. Portanto, inscrevem-se para votar menos de 20% dos jovens.

Há uma queda significativa e afastamento da juventude do mundo político. Os jovens que ingressam na vida política "envelhecem precocemente", não traduzindo o anseio de mudança ou as práticas sociais dos jovens. Veja o caso do Índio da Costa. Há, ainda, uma forte reação ao desemprego. Os jovens até 25 anos são os mais afetados pelo desemprego no Brasil. Finalmente, há uma onda, com a emergência da classe C, de uma cultura política de massas de tipo pragmática e individualista, que rejeita ações públicas e coletivas.