terça-feira, 10 de agosto de 2010

Até Boston é mais avançado que gestores educacionais tupiniquins


Boston adotou aquela política de bônus para professor que melhorar desempenho de aluno. Citavam Índia como exemplo. Mas nada dava resultado por lá. Agora, o programa “Mais Professor” decidiu alterar a visão exclusivamente economicista ou mercadológica que vincula desempenho de aluno à "cenoura" posta na frente do professor. A mudança se baseia em transferir a metade dos docentes de determinadas instituições de ensino, mudando também diretor e vice-diretor em escolas com baixo desempenho pedagógico. São selecionados alguns dos melhores professores da rede, pessoas identificadas por excelência e por ter as vidas vinculadas à melhora do desempenho dos alunos. Em seguida, os professores selecionados são convidados para trabalhar em escolas de locais pobres, violentos, com alunos de famílias estrangeiras, ganhando um plus no seu salário. O acerto foi resultado inclusive de acordo com o sindicato dos profissionais.
Ainda caminha no rumo errado, desconhecendo todos estudos que sugerem a família como principal fator de melhoria de desempenho dos alunos, assim como tamanho da escola, relação afetiva em sala de aula e redes de ensino menores, reduzindo a impessoalidade. Mas melhorou. O importante é afastar esta tendência de economistas que pouco conhecem sobre educação tentarem convencer gestores que atalhos administrativos podem gerar melhorias dos indicadores quantitativos de desempenho.

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