sábado, 25 de setembro de 2010

A tortuosa situação política de Santa Catarina


Aqui em Florianópolis a campanha eleitoral é das mais confusas para o eleitor. Tudo porque o PMDB rachou e o PT não conseguiu firmar um acordo com Luiz Henrique. Aí surge a possibilidade de retorno do que as pessoas com quem conversei denominam de "oligarquia política catarinense". Obviamente que se referem à "dinastia Borhausen".
Uma parte do PMDB apóia Raimundo Colombo (DEM) que é parte da estrutura de poder dos Borhausen. Parte apóia discretamente Ideli Salvatti (PT), por conta do acordo com Lula. A situação parece ainda mais confusa porque muitos petistas acreditam que Colombo disputará o segundo turno com Angela Amin (PP) e pensam em apoiá-la nesta eventual segunda rodada. A campanha de Ideli é muito criticada. Destacam os primeiros quinze dias de campanha na TV em que a candidata petista aparecia ao lado do "Louro José", caricatura do partner de Ana Maria Braga, no Mais Você da Rede Globo. Pelo que ouvi foi um daqueles exageros dos marketeiros yuppies que povoam a política tupiniquim. Também ouvi críticas ao pouco caso dos candidatos daqui com os programas de governo.
Resumindo: todos com quem conversei afirmaram que este é o Estado mais conservador do país, com índices de desigualdade piores que o Piauí (falaram assim mesmo, citando dados de saneamento básico) por conta do poder das oligarquias políticas. PMDB e PT poderiam alterar este panorama. Contudo, não se acertaram e estão divididos.

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