domingo, 28 de agosto de 2011

Roberta Sudbrack


Eu estava esgotado, mas respirei fundo e fui conhecer o restaurante de Roberta Sudbrack. Para quem não se lembra, ela foi chef da cozinha do Palácio do Planalto na gestão FHC. Era muito elogiada, sempre.
Sempre que estou no RJ tento conhecer este restaurante, mas ele abre em dias complicados (de terça a sábado) para um viajante como eu. Ontem tive esta oportunidade.
Comi um ovo caipira em crocante de pão e foie gras, seguido por porquinho de leite assado em baixa temperatura caseira (com batatinha croustilante) e terminei com um canelone de maçã e farinha de pistache.
Escrevendo assim, não dá nem para chegar perto. Os pratos são muito delicados e, sinceramente, estão no mesmo nível do DOM (8o melhor do mundo), do premiado Alex Atala.
Vou tentar descrever os pratos.
O ovo caipira vem numa taça de coquetel, estilo dry martini. O ovo, coberto pelo crocante levemente doce e o foie gras ficam na base da taça que é coberto por clara em neve (na verdade, parecia espuma, fina e leve). Antes, serviram fatias muito finas de um salame gaúcho e seis pequenos gougère, que é o pão de queijo francês (sem pouvilho e com muito gruyère). E também serviram um mandiopã salpicado com farinha de banana acompanhado de brotos de agrião.
O tal porquinho é quase indescritível. Uma fatia retangular, como se serve salmão, com a carne desmanchando. Mas o mais incrível é o pururuca: uma crosta muito fina e crocante, finíssima e leve que se corta com o garfo (tal a delicadeza). Eu fiquei realmente impressionado.
A sobremesa é uma surpresa a mais. Um fino caneloni crocante recheado de maçã. Come-se com as mãos, besuntando com a farinha de pistache.
Pedi um café, mas eles me sugeriram um chá de capim limão.
Divino. Para comer ajoelhado.

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