quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Governo Mineiro e Sindute fazem embate deplorável

De um lado, o governo mineiro. Não quer pagar os dias parados na greve dos professores estaduais, enquanto  não terminar a reposição das aulas. Também não deixaram de contratar, como prometido, professores temporários, após o término da greve. 
Minas Gerais é o Estado que, ao lado de Pará, Bahia e Rio Grande do  Sul, não paga o piso salarial. O jornal O Tempo revelou que os professores mineiros só têm 25% da carga horária para as tarefas extra-classe. Entre 25 unidades da federação pesquisadas, Minas Gerais é o lugar onde o professor recebe o pior salário (R$616 para 40 horas semanais). Rondônia (R$950) e Rio Grande do Sul (R$791) são os outros dois estados que ocupam a parte de baixo da tabela.

Do outro lado, o Sindute, sindicato dos professores estaduais de MG. Após 112 dias de greve, a direção do sindicato convoca nova paralisação na próxima terça-feira. E ameaça retomar a greve.
O governo do Estado tentou contra-atacar e veiculou uma ampla matéria publicitária, em horário nobre da TV e rádio, contestando o Sindute e chamando para a briga.
Ambos erram. E feio. O Sindute porque joga com o incômodo e o futuro de alunos e suas famílias. Não se trata de um problema que causa ao governo, mas ao cidadão. Este tipo de pressão é absolutamente anacrônico e anti-social. Não é possível utilizar um instrumento de luta desta maneira, sem qualquer cuidado com a formação de cidadãos. Falta criatividade e respeito à direção do sindicato.
Do outro, mesmo errado, o governo estadual gasta milhões de reais com publicidade que visa um mero ataque político, enfrentamento público e marola. 
Um absurdo. Total falta de visão pública dos dois lados.

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