domingo, 11 de dezembro de 2011

Explicando o livro de Amaury


A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., tem tudo para se tornar a maior bomba política de 2011 e 2012. 
Do que trata o livro?
Começo: 2007. Após sofrer atentado em Goiás, o jornalista é transferido do Correio Braziliense para O Estado de Minas (do mesmo grupo). A pauta que recebe objetiva descobrir os arapongas que teriam montado um dossiê contra Aécio Neves. O dossiê teria sido encomendado por José Serra, na tentativa de intimidar a pré-candidatura do mineiro à sucessão de Lula, em 2010.
Logo, descobriu que o “Agente Jardim”, Luiz Fernando Barcellos, da ABIN, estaria por trás desta trama.
A partir daí, Amaury foi mais longe e passou a investigar a maneira como o Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, operava recursos nas Ilhas Virgens Britânicas. O ex-tesoureiro das campanhas eleitorais de Serra e FHC tinha envolvimento direto com uma empresa offshore, a Andover que, por seu turno, injetava recursos numa empresa paulista, a Westchester. Tratava-se de operação de “internação” de recursos. O problema é que Ricardo Sérgio aparecia como dono da empresa brasileira e procurador da Andover.
Amaury, ao analisar documentos no 3º Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo descobriu que o genro de Serra, Alexandre Bourgeois, operava da mesma maneira, logo após a privatização das teles. As empresas de Bourgeois utilizavam o mesmo endereço utilizado por Ricardo Sérgio nas Ilhas Virgens.
Retratarei algumas passagens do livro em outras notas postadas aqui. 
Mas uma coisa fica clara: alguém terá que responder por algo muito sério após o lançamento deste livro. Ou o autor do livro ou as lideranças tucanas citadas por ele. 

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