sábado, 18 de fevereiro de 2012

66% dos americanos veem ‘forte conflito’ entre ricos e pobres


66% dos americanos veem ‘forte conflito’ entre ricos e pobres

13 de janeiro de 2012 | 6h00
Sílvio Guedes Crespo
Cada vez mais americanos veem conflito entre ricos e pobres na sociedade, mostra uma pesquisa da Pew Research.
Atualmente, 66% da população acredita que existem conflitos “fortes” ou “muito fortes” entre os que ganham mais e os que ganham menos (veja gráfico abaixo, extraído do site da Pew Research). Em 2009, apenas 47% pensavam assim.
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A pesquisa mostra que os eleitores do Partido Democrata são os que mais acreditam nisso: 73% veem conflito forte ou muito forte entre ricos e pobres. Já entre os republicanos, só 55% enxergam essa tensão.
A questão do conflito de classe ganhou espaço nos Estados Unidos desde que o presidente Barack Obama encampou a proposta de taxar os mais ricos para tentar  reduzir o desequilíbrio nas contas públicas, depois da crise internacional.
Mais recentemente, o movimento Ocupe Wall Street passou a difundir a ideia de que a sociedade está divida basicamente em duas parte: os 99% mais pobres, que seriam mais afetados pela crise, e o 1% mais ricos, que teria provocado os problemas financeiros.
Q.I.
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O famoso QI é o principal fator que explica por que algumas pessoas são ricas e outras não, na opinião de muitos americanos. Não o “quociente de inteligência”, mas o “quem indica”, como se diz popularmente no Brasil, ou as conexões que a pessoa tem.
Segundo a pesquisa, 46% da população acredita que, nos EUA, a maior parte dos ricos o são “porque conhece as pessoas certas ou nasceu em família rica”; já 43% avaliam que as pessoas enriquecem “por causa de trabalho duro, ambição e educação”. O restante dos entrevistados acredita que a ascensão social ocorre pelos dois motivos ou por nenhum deles.
Nessa questão, brancos e negros pensam diferente. No primeiro grupo, o mesmo número de pessoas (44%) afirma que o Q.I e a família explicam por que alguém é rico. Já entre os negros, 54% acreditam que contatos e origem determinam a riqueza, enquanto apenas 32% acreditam em trabalho duro, ambição e educação.

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