segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O subterrâneo partidário do conflito na Bahia

O líder da greve da PM baiana, Marcos Prisco (na foto), já foi filiado ao PCdoB e PSOL, mas hoje é tucano. O Blog do Miro divulgou esta informação e foi mais longe: informou que Prisco já havia manifestado intenção de disputar as eleições de outubro. Em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5,  na última semana, negou que a greve da PM tenha motivação eleitoral, mas afirmou: “se eu for pré-candidato será uma decisão da categoria”. 
Esta informação vem esquentando ainda mais a disputa entre militantes da Bahia e já coloca em campo internautas petistas. Desde a manhã de hoje, esta notícia roda várias redes sociais. 
O blog de Luis Nassif, por exemplo, reproduziu este perfil de Prisco publicado na Folha: 

Soldado expulso por indisciplina, o líder da greve da PM baiana, Marco Prisco, 42, fez sua estreia política ao comandar a tomada do Corpo de Bombeiros, onde trabalhava, durante a paralisação dos policiais realizada em 2001. Naquele ano, policiais e bombeiros enfrentaram o então governador César Borges (à época no PFL), membro do grupo liderado por Antonio Carlos Magalhães (1927-2007). A tomada do quartel em Salvador foi uma manobra digna de um exército de Brancaleone: 64 bombeiros combinaram a ação, mas, na hora da tomada, apenas Prisco e três colegas apareceram. Mesmo assim, deu certo. Outros 1.300 bombeiros do quartel aderiram ao movimento. Na oposição ao carlismo, o partido de Jaques Wagner apoiou a paralisação policial de duas semanas. Prisco foi expulso da corporação em janeiro de 2002 e mergulhou de vez no sindicalismo. Em 2003, ingressou no PC do B e, nos últimos quatro anos, milita no PSOL. Fundada em 2009, a Aspra (Associação dos Policiais e Bombeiros da Bahia) tinha 2.286 filiados (7% da PM baiana) na terça, quando a greve começou. Segundo Prisco, ganhou mais 1.700 associados nos últimos quatro dias.”

Já o blog Fato Real publicou a seguinte nota:

FatoReal: Notícias, críticas, denúncias, ideias e devaneios200

DOSSIÊ DE AMOTINADO

A Polícia Militar da Bahia enviou hoje pela manha á Polícia Militar de Roraima, um dossiê completo sobre a vida pregressa de uns dos principais cabeças dos amotinados que estão ocupando o prédio do Comando de Policiamento da Capital.
Apesar de está incentivando ao crime os policiais com promessas de uma possível “anistia”, é notório que esse fato não foi conseguido nem pelo próprio amotinado, se não vejamos:
1. “MARCOS PRISCO CALDAS MACHADO, demitido das fileiras da Corporação em 09 de janeiro de 2002 por participar de um levante grevista no ano de 2001 e tentativa de aquartelamento na sede do 8º BPM/São Joaquim. A época era soldado da PM;
2. Registra-se que durante o movimento ocorrido em 2001, PRISCO, na ocasião lotado no Corpo de Bombeiro Militar, liberou uma interdição do portão de acesso ao quartel, limitando a entrada apenas à praças;
3. Após sua exclusão, o supracitado vem mantendo contato com lideranças sindicais e participando de manifestações nas corporações dos Estados das Federação;
4.  Sempre apontado como única voz atuante da debilitada Associação dos Policiais Bombeiros Militares da Bahia – ASPOL, entidade criada por policiais militares excluídos por participação da referida manifestação;
5. Há uma dissidência dentro da ASPOL, destacando que PRISCO não se relaciona mais com o também ex-policial militar JOSÉ LOURENÇO DE SOUZA DIAS, presidente da referida associação, uma das lideranças na ocasião do levante de 2001. A ASPOL conta com 40 membros e não tem articulação no seio da tropa, vivendo de matérias que promove na mídia que insiste no caos;
6. Hoje, PRISCO se apresenta como membro da Associação Nacional de Entidades de Praças Militares – ANASPRA, entidade criada no Estado de Minas Gerais após a greve ocorrida em 1997 naquele estado. Atualmente a ANASPRA não apresenta representatividade nacional;
7. PRISCO está articulando em Salvador a criação de uma filial da ANASPRA, por enquanto sem repercussão;
8. Ele ainda foi candidato a vereador na cidade de Salvador pelo P-SOL, não alcançando o êxito, tendo sua campanha financiada por um grupo ligado a ex-Senadora HELOÍSA HELENA e a coordenação de campanha por conta do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência do Estado do Rio de Janeiro (Sindisprev/RJ), vindo a demonstrar interesse em se lançar candidato a deputado estadual, nas eleições de 2010, sem prospecção de lograr êxito”.
Nota-se, portanto, que se trata de alguém que já possui vasta experiência em praticar tal tipo de conduta e que se aproveitando da situação de momento, deslocou-se, financiado por interesses espúrios ao Estado de Roraima, com o único propósito de fomentar a balbúrdia, a desordem e a indisciplina entre os milicianos, deixando claro ainda que seus interesses são de cunho inteiramente pessoais e que o modus operandi é exatamente igual àquele que empregou quando de sua participação na greve promovida na Polícia Militar da Bahia; movimento aquele que culminou com sua exclusão das fileiras daquela Corporação juntamente com outros policiais militares que se aquartelaram naquela ocasião. Sendo assim MARCOS PRISCO constitui um péssimo exemplo a ser seguido por aqueles que sustentam o lema Proteger e Servir a Sociedade.
Eliabe de Souza Campos  – Maj QOPM – Assessor de Imprensa da PMRR
(campos3estrelas@hotmail.com)

Como se percebe, tropa de choque por todo lado, a crise baiana promete.




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