quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Julgamento do STF e eleição: o caso da queda de Serra

Uma das questões que replicam nas redes sociais a respeito do julgamento do mensalão pelo STF é em que medida as decisões da Corte respingarão nas eleições. Especialistas afirmam que o reflexo será relativo e restrito aos grandes centros urbanos. Mas a questão se reproduz como hamster.
Um possível dado eleitoral começa a desfazer a dúvida. Pedro Venceslau, do jornal Brasil Econômico, acaba de postar a seguinte nota no facebook:
Dizem por aí que a novidade será essa até sexta: Russomano 31%, Serra 21%, Haddad 14%
Se esta nota tem fundamento (o que saberemos na sexta), ao menos em São Paulo, o julgamento não está repercutindo no processo eleitoral. Logo nesta capital, onde se esperava algo neste sentido.
O julgamento no STF, contudo, avança e delineia a punição severa de quatro réus (com absolvição de Gushiken), sendo um deles, João Paulo Cunha, deputado e candidato a prefeito. O mais importante, contudo, é o acolhimento da tese da corrupção envolvendo dinheiro do Banco do Brasil. O que indica, evidentemente, a aceitação da tese de desvio de dinheiro público para benefício político. Aqui é necessário parar e aguardar. O destino ainda não está declarado pelos ministros. Cinco ministros, contudo, parecem fortemente inclinados a absorver toda tese do MP. Veremos.
Termino esta nota com uma observação emocional. Foi tocante a homenagem ao ministro Peluso, que deixa o STF no próximo dia 03. Demonstrou que seria, possivelmente, tão ou mais severo que o relator em relação aos réus. Foi homenageado duplamente porque votou neste item 03 (de um total de oito). 

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