sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Lincoln e Obama

Estou lendo o livro que deu origem ao filme de Spielberg, escrito pela historiadora Doris Kearns Goodwyn. O livro publicado pela Record é uma versão resumida do original e não trás a sequência que inspirou o filme.
Ainda estou nas primeiras 50 páginas do livro que possui mais de 300, mas é realmente interessante como Obama parece se inspirar na vida do 16o Presidente dos EUA.
Já se falou de como Obama repetiu a ousadia de Lincoln ao montar seu gabinete, atraindo todos adversários de seu partido, que disputaram com ele a indicação do Partido Republicano para disputar a eleição presidencial, para compor seu gabinete. Também já é público que Obama fez questão de conversar longamente com a autora deste livro.
Mas, lendo o livro, a cada momento se percebe que esta relação é quase uma obsessão de Obama. Vou sugerir uma mísera ilustração.
Logo após sua indicação na convenção estadual dos republicanos, em Decatur, Lincoln ressaltou que compreendia que era "novo nesse campo" e que fora de Illinois ele não era "a primeira escolha da grande maioria". Não deixa de ser uma fala humilde, mas evidentemente perigosa e calculada, num mundo em que demonstração de fraqueza é explorada ao limite pelos adversários.
Pois bem, o discurso de Obama para 100 mil pessoas que se aglomeravam no Grant Park de Chicago (Illinois!!), já sabendo de sua vitória eleitoral, em 2008, reproduziu esta humilde ousadia de Lincoln:
Nunca pareci o candidato com mais chances. Não começamos com muito dinheiro nem com muitos apoios. Nossa campanha não foi idealizada nos corredores de Washington. Começou nos quintais de Des Moines e nas salas de Concord e nas varandas de Charleston.
É interessante como as "coincidências" se repetem. Devo concluir o livro neste carnaval. Vou postar mais "coincidências" por aqui.

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