segunda-feira, 27 de maio de 2013

PT retira propaganda do PSDB com Aécio

Não é algo que me parece um bom caminho. Prefiro o debate de ideias, de propostas, de críticas. A diferença ajuda o cidadão a escolher caminhos, a pensar melhor sobre os rumos que deseja para o país. Quanto mais propagandas, debates e discursos à disposição, melhor para a democracia. Principalmente num momento como o atual, em que a inteligência parece arriar e o país entra num estado de letargia mental e intelectual.
No programa do PSDB que foi ao ar no último dia 21 (a foto que ilustra esta nota foi tirada deste programa), o senador Aécio Neves citava as ações do governo mineiro como cartão de visitas. O PMDB mineiro veiculou uma peça de TV muito agressiva, desmontando cada dado ou argumento. Veja uma das peças divulgadas na TV, abaixo.
Haveria o retorno da propaganda tucana, prevista para amanhã e 1o de junho.
Aí o PT impetrou uma ação junto ao TSE e a ministra Laurita Vaz deferiu, suspendendo a propaganda.
O fundamento foi o uso de linguagem em primeira pessoa. Algo que parece frágil. E se aparecerem duas lideranças, uma elogiando ou citando a outra?
Não vejo o que a democracia perde se Lula, Dilma, Aécio, Campos e Marina Silva apresentarem, na primeira pessoa, o que acreditam que tenham feito de bom. Imagino que erro de informação poderia ser contestada com algum direito de resposta ou algo que o valha. Mas o silêncio é sempre pior numa democracia. Como dizia Hannah Arendt (em outras circunstâncias, é verdade): o silêncio é o início do fascismo. Sem diálogo, sem ouvir o contrário, sem ao menos dar atenção ao contrário, não há como ter respeito democrático.
Transformar eleição em guerra, em fatalidade (para o adversário) ou num Coliseu de Roma dos tempos modernos é um erro grosseiro.
Não se trata de direito de defesa, mas de adestramento do debate político-eleitoral. Algo que se parece com a judicialização da política, onde o que menos conta é o julgamento do cidadão.



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