sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Resumo do impacto das manifestações de junho (dois meses depois)

Apresento uma síntese da minha leitura sobre o impacto das manifestações de junho. É o roteiro que estou utilizando para vários debates e seminários que estou participando.

1. Conflito geracional e  de ideário
·         Jovens (ao redor de 25 anos) das manifestações de junho se revelaram o oposto da nova geração de gestores públicos (Fernando Haddad, Marcio Lacerda, Eduardo Paes, Dilma, ACM Neto, Eduardo Campos, Sérgio Cabral, entre outros).
·         A nova geração de gestores públicos se inspira em práticas empresariais e não fazem política, não sabem negociar ou mediar conflitos. Os jovens das manifestações de junho ignoram o campo institucional e rejeitam a política como profissão. Contudo, se convergem na dificuldade para pensar o Estado e as instituições públicas já que valorizam a lógica privada (dos círculos de intimidade, comunitários ou empresariais).

2. Aparente refluxo dissimula impacto e expectativas
·         Analistas, Exército, PMs e Políticos aguardam manifestações maiores durante Copa do Mundo 2014.
·         Ocupações de Câmara Municipais e Prefeituras ao longo do país revelaram conexão entre lideranças. As videoconferências (ou hangouts) passaram a ser um instrumento de comunicação entre jovens que lideraram as manifestações de junho, incluindo os de outros países (como Turquia, EUA e Espanha).
·         Pesquisas de intenção de voto e grau de confiança em instituições indicam forte impacto das manifestações de junho sobre opinião pública.
·         Violência (inicialmente nomeada de vandalismo) parece ter sido incorporada como elemento constitutivo das manifestações.


3. Duas visões de mundo em conflito: modelo século XX e modelo século XXI



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