quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Marina é frágil

Sejamos sinceros: a recomendação do MPE (Ministério Público Eleitoral) para que o TSE não acate o registro da Rede Sustentabilidade revela a profunda fragilidade da líder do que será o novo partido. Não conseguiu se impor como ministra e revelou dificuldades para liderar os petistas que comungavam com seus ideais. Caminha para o PV e revelou a mesma fragilidade. Pior: cedeu para serristas definirem seus rumos. Finalmente, demorou para se definir sobre a criação de um novo partido. Quando embalou, não soube elaborar uma estratégia correta: se a prioridade era ter a sigla para ser candidata ou se primeiro consolidaria um partido de tipo diferente, fortalecendo os laços com a base social para, depois, se candidatar.
Sobrou a ansiedade infantil, aquela que quer tudo e que não consegue controlar a pulsão.
Marina poderia construir algo novo. Mas escorrega o tempo todo para a vitimização, para a chantagem política contra o certo (as regras do jogo), tenta o jeitinho, orienta pastores a colher assinaturas junto aos cordeiros, tudo o que se espera que Marina ataque, que seu exemplo desconstrua.
Marina foi capturada pelo sistema moralmente corrupto do sistema político brasileiro que reafirma o caciquismo todos os dias. Marina é um cacique de asa quebrada. Daí pintar a cena de "perseguidos" como trunfo, uma força cândida de quem se considera embalada pela justiça superior de tal sorte que qualquer posição contrária à esta justiça se torna imediatamente injusta e imoral.
Se entrou no jogo, tem que jogar com as regras e peças que recebeu.
Não, não é porque algo caiu na rede que é certo que é peixe.

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