quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O desempenho do alcaide de Belo Horizonte

Lamento que o prefeito Lacerda, de Belo Horizonte, venha se revelando tudo, menos político habilidoso, que convença e dialogue com quem o elegeu. Uma cidade com nome tão romântico deveria ter um destino melhor. 
Durante as manifestações de junho do ano passado, o Prefeito sumiu. Retornou vários dias depois e logo no começo da entrevista coletiva que convocou lascou uma frase antológica: "Estranhei nenhum de vocês me ligarem, Não sei o que o meu assessor de imprensa fez, mas meu celular estava ligado e ninguém da imprensa me ligou". A frase singela já revela o que se passa por estas terras rodeadas pelas montanhas. 
Assim que acabaram as mobilizações, várias famílias de sem-teto ocuparam a Prefeitura exigindo uma solução para suas vidas. Qual foi a imediata decisão do alcaide? Informar que em uma semana os receberia. Sim, você leu direito: uma semanaaaaa. 
Quando reeleito, Lacerda dizia que implantaria o modelo gerencial de tipo empresarial para gerir a Prefeitura. Não sei, sinceramente, em qual manual de administração está a dica para, no momento de pressão social, o melhor é jogar brioches. Vou consultar meus livros de história.
De qualquer maneira, ontem nosso Prefeito deu mais uma prova da nova maneira de gerir a cidade. Sob pressão, o melhor é.... vocês se lembram, não? Pois é. 

Ontem seria a primeira reunião com a presença do município para discutir as ocupações dos sem teto (com representantes do governo federal, estadual e municipal). O alcaide de Belo Horizonte condicionou a participação da Prefeitura ao término dos acampamentos. Os manifestantes aceitaram sair da Afonso Pena, mas continuariam na calçada. O alcaide recusou. E há, ainda, a história do terreno (região do Isidoro, dentro da Granja Werneck) avaliado em mais de R$ 100 milhões numa nebulosa sem fim. Foi doada no início do século passado e depois abandonada...



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